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Tuesday, October 31, 2006

O dilema do conteúdo colaborativo

Sites baseados em conteúdo criado por terceiros estão entre os mais destacados ultimamente.

Entre muitos podem ser citados os exemplos da Wikipedia, do Orkut e do Youtube. Todos estes possuem uma estrutura de software muito simples que permite a usuários carregarem o seu próprio conteúdo para a Internet. Estes provedores de conteúdo distribuídos (os usuários) é que se encarregam de manter o site constantemente com novidades.

O único custo do proprietário do site é aquele que deve ser despendido para mantê-lo funcionando (servidores, link com a internet). E a receita vem de publicidade veiculada no site. Quanto mais conteúdo, maior a audiência, pois maiores os atrativos.

Tudo seria perfeito não fosse um problema: como controlar o conteúdo carregado pelos usuários? Já foi visto em um post anterior que na Wikipedia os próprios usuários se encarregam de manter a credibilidade do material.

Porém em sites como Orkut e Youtube a situação é diferente. Nos últimos tempos o Orkut tem encontrado alguma dificuldade com as autoridades brasileiras devido ao uso do site para promoção de pedofilia e outros usos contrários a lei e aos costumes.

Já o Youtube enfrenta o problema do material carregado ter direitos autorais pertencentes a terceiros, que podem processar o site por ter facilitado a divulgação de material não autorizado.

Hoje ainda saiu a notícia de que o MySpace, muito popular nos Estados Unidos, está proibindo os usuários de carregarem músicas no site, justamente para evitar problemas de direitos autorais. Outros exemplos existem.

O que fica então é a questão de como controlar o material carregado por usuários que não tem uma relação formal com o site. Não restam dúvidas de que existem conseqüências inclusive penais que podem incidir sobre os proprietários.

Na outra mão o fato de que o usuário se dispõe a colaborar. E que muitas vezes, com a melhor das intenções, acaba tendo atitudes que não são aceitáveis.

A resposta óbvia seria de utilizar a tecnologia para controlar o material. Mas isto não é simples. Filtros de conteúdo são extremamente complexos. A prova é dada pela quantidade de spam que todos recebem, apesar da existência de filtros poderosíssimos nos provedores. E filtrar spam é com certeza bem mais simples do que filtrar conteúdo de uma home-page e mais ainda de um vídeo.

Os modelos vão começar a surgir, sem dúvida. Não há como evitar um certo grau de interação humana, para a decisão final. Mas a tecnologia precisa reduzir este trabalho, senão serão necessários milhares de operadores humanos para lidar com a quantidade de material que é atualmente carregada.

Enfim, mais uma questão que está sendo posta pela Internet. Um problema que não existia poucos anos atrás.

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