Software Livre e Voluntariado (parte 2)

Continuando no tema iniciado no último post.

A redução do custo e do tempo de comunicação inter-pessoal trazida pela internet, permitiu o desenvolvimento de projetos entre participantes de diversas partes do mundo.

A internet em sí é um produto da informática. Sua infra-estrutura é composta de hardware e software.

Desenvolver hardware exige equipamentos e laboratórios sofisticados. Mas para desenvolver software, bastam um computador e programas apropriados.

Então era quase que inevitável que os usuários da internet, muitos deles da área da informática, iniciassem a se comunicar e a desenvolver programas.

Sendo uma criação coletiva, surgida de anseios comuns para solução de problemas, não é de estranhar que os desenvolvedores, dotados de um senso de altruísmo, decidissem que os programas desenvolvidos poderiam ser utilizados e distribuídos por todos aqueles que tivessem interesse em faze-lo.

Surgiu daí o conceito de software livre. Resultado do esforço de muitos e freqüentemente anônimos desenvolvedores que decidiram compartilhar suas criações para o bem de todos.

Soa familiar ao voluntariado? Pessoas doando seu tempo e seu conhecimento para auxiliar no desenvolvimento de soluções que beneficiem a muitos.

E quem pode impedir as pessoas de doarem seus tempos e esforços? Não há maneira de faze-lo. É por isto que o software livre é um processo irreversível. Sempre existirão pessoas dispostas a compartilharem seus esforços. Isto vem da própria natureza humana.

Esta é a abordagem que me agrada desenvolver. E tenho certeza de que estamos apenas no início deste processo. Na medida em que mais pessoas se agregarem a internet e descobrirem que podem ajudar outras com o seu conhecimento nas mais diversas áreas, esta tendência só irá se fortalecer.

Continuarei com o assunto nos próximos posts.